tag:blogger.com,1999:blog-59490769715513614162024-03-13T22:51:24.097-07:00Universidade de PolíciaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-73402002581609156732013-10-17T11:08:00.000-07:002013-10-17T11:08:06.740-07:00<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<h2>
<b style="text-align: justify; text-indent: 47.20000076293945px;">Por uma Universidade de Polícia humanista e <i>humanizadora</i>.</b></h2>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 234.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
O conceito <i>Corporate University</i> será em breve
aplicado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo – PMESP acompanhando a
tendência corporativa internacional de adotar paulatina e sistematicamente boas
práticas acadêmicas revolucionando seus setores de treinamento de pessoal. Trata-se,
sobretudo, do ensino continuado e do ensino à distância com foco não apenas na
formação de seu efetivo (habilidades profissionais) para uma específica matriz
de competências, mas também para a pesquisa de novas soluções para os problemas
de Segurança Pública (novos conhecimentos profissionais).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Aqui há uma
novidade: por novos conhecimentos profissionais entende-se crescentemente
conteúdos das ciências humanas – ou <i>humanidades</i>
– que sempre foram vistas como acessórias
no ensino militar e que agora passam a ser vistas como insubstituíveis em um
determinado efeito que só estas produzem. Em efeito, poucos sabem, mas descobre-se
lentamente que na história da educação no Ocidente, sob o nome de retórica, as
humanidades sempre foram estudadas pelas elites econômicas, não por luxo, mas
porque, possuem uma eficaz<i> funcionalidade</i>
na conquista de corações e mentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sim, especialmente nas democracias em que a
lei proíbe a violência, abusos e assédios, estas elites se esmeram em preparar seus
filhos com professores particulares para defenderem os interesses de família
substituindo as armas por palavras e discursos feitos para conquistar a adesão
voluntária de quem ouve.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
E todos ganham
se também na polícia fardada e ostensiva acontece a gradual substituição da
ameaça com armas e talonários de multa pela persuasão com palavras: o cidadão é
menos coagido e melhor abordado e o policial-militar é mais valorizado pela
sociedade e pela própria administração policial que se aperfeiçoar na arte de motivar
e inspirar persuasivamente seus profissionais para o trabalho sem recurso às
sanções e punições internas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Do contrário, se
por novos conhecimentos profissionais entende-se apenas conhecimentos técnicos
e habilidades práticas que se ensina e se cobra unicamente com o método de
premiação e punição – é preciso dizer – a Universidade de Polícia será um
aparelho administrativo mais eficaz, mais econômico e mais rápido na meta de
capacitar seus profissionais para a oferta de serviços-padrão de segurança
pública, no entanto, estes resultados não terão lastro, serão inconstantes, sofrerão
crises porque não estarão fundados em bases duradouras. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Sobretudo
porque, se a gestão de ensino policial-militar tratar exclusivamente de
conhecimentos técnicos e habilidades profissionais, ela confiará – sem
confessar ou saber – unicamente nas leis de mercado dizendo para si mesma:
ensino bem e mais, gastando menos tempo e dinheiro e se o profissional não
aplicar o que aprendeu, eu simplesmente o troco por outro no mercado de
trabalho. Esta não é uma relação de confiança, é uma relação de poder.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Devemos evitar
este <i>admirável mundo novo</i> em que o
progresso técnico, ao invés de servir ao homem, o oprime, o instrumentaliza, o
desumaniza e o torna descartável, colocando-o em posição adversa à
administração, em atitude defensiva e rancorosa na sua impotência ocasional em
abrir mão de seu emprego público. Este é o real motivo da irrupção de crises
institucionais cuja culpa é sempre direcionada com habilidade para o
administrado, pelo descumprimento de um procedimento padrão, e não para a administração
que deveria ser capaz de persuadi-lo a seguir este procedimento em uma relação
de confiança.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Naturalmente,
auspiciamos em São Paulo uma Universidade de Polícia que será eficaz, econômica
e ágil e que também possuirá uma feição humanística e humanizadora, pois,
afinal, como ensinava Erasmo de Rotterdam, o príncipe dos humanistas, o homem
não nasce homem, ele torna-se homem. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Lúcio Nassaro é Tenente-Coronel da Policia Militar do Estado de São Paulo graduado em Filosofia, Mestre e doutorado em Ética e Filosofia Política pela USP depois estudar, como bolsista da CAPES na França 2008-2009. Em 2012 defendeu sua segunda tese de</span><span style="font-size: x-small;"> </span><span style="font-size: x-small;">doutorado, desta vez em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública no Centro de Altos Estudos da PMESP. </span><span style="font-size: x-small;">Atualmente é comandante do 50º BPM/M.</span><span style="font-size: x-small;"> </span><span style="font-size: x-small;">Email: lucionassaro@yahoo.com.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-77108170318620915412013-01-26T16:16:00.001-08:002013-01-26T16:16:53.481-08:00Em 1 parágrafo: por que uma Universidade de Polícia com feições humanísticas ?<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b>Em 1 parágrafo: por que uma Universidade de Polícia com
feições humanísticas ?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 225.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">É tempo das pesquisas
de novos conhecimentos profissionais de polícia voltarem-se para as
humanidades.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O conceito <i>Corporate University</i> será em breve
aplicado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo – PMESP acompanhando a
tendência corporativa internacional de adotar boas práticas acadêmicas
revolucionando seus velhos setores de treinamento de pessoal através do ensino
continuado e ensino à distância focando não apenas a formação de seu efetivo
(habilidades profissionais) para uma específica matriz de competências, mas priorizando
também a pesquisa de novas soluções para os problemas de Segurança Pública
(novos conhecimentos profissionais tais como os conhecimentos reunidos pelas <i>humanidades</i>) que signifiquem um
diferencial competitivo para a Instituição e a tornem referência na oferta de
serviços de Segurança Pública.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-37622047719639831312013-01-26T16:14:00.001-08:002013-01-26T16:18:41.283-08:00Em 2 parágrafos: por que uma Universidade de Polícia com feições humanísticas ?<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b>Em 2 parágrafos: por que uma Universidade de Polícia com
feições humanísticas ?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 225.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">A substituição da força pela
persuasão da palavra – obtida com o estudo das <i>humanidades</i> – é a única garantia contra crises periódicas na
Segurança Pública.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Porque longe disto de ser
justificável apenas eticamente com um previsível e circular argumento que
mostra o valor dos valores humanísticos, o caráter humanístico complementaria o
esforço educacional mobilizado pela Gestão Estratégica, comprometida com
resultados verificáveis. Pois há motivos técnicos e funcionalidades que podem
ser mostrados e que evidenciam a <i>utilidade</i>
dos conhecimentos humanísticos (literatura, história, filosofia, línguas,
ciências sociais, sociologia, antropologia, psicologia, ética, política, geografia
humana, artes etc). Utilidade <u>para que</u> os policiais militares se tornem
mais persuasivos em sua ação policial em relação ao cidadão-cliente ao
precisarem usar menos a força inerente ao seu poder de polícia <u>e</u> – em
momento anterior – <u>para que</u> eles mesmos tenham sido persuadidos para que
assim ajam por uma Instituição capaz de inspirar a seus profissionais a oferta
de excelentes serviços de segurança sem recurso às sanções administrativas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Com o objetivo
de que a qualidade dos serviços da PMESP não seja exposta a <u>crises
periódicas</u>, é necessário não somente o ensino de habilidades profissionais,
mas de novos conhecimentos profissionais do tipo humanístico. Este cuidado é
imprescindível para que a PMESP torne-se enfim referência nacional e
internacional com padrão de serviços excelentes, humanizados e <u>constantes</u>.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-2544501895533923542013-01-26T16:11:00.001-08:002013-01-26T16:19:14.777-08:00Em 4 parágrafos: por que uma Universidade de Polícia com feições humanísticas ?<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b>Em 4 parágrafos: por que uma Universidade de Polícia com
feições humanísticas ?<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 225.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Apenas as <i>humanidades</i> podem fornecer os discursos
capazes de obter a adesão voluntária – sem ameaças – dos cidadãos à Lei e dos
seus integrantes aos procedimentos padrão da Instituição.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A legislação
de ensino da PMESP segue se modernizando a passos largos e incorporando número
crescente de boas práticas acadêmicas no seu sistema de ensino. Um ambicioso e
amplo convênio PMESP-USP permitirá vários e simultâneos níveis de colaboração
entre a maior policia militar do Brasil com a mais prestigiada universidade
nacional. A consolidada Gestão pela Qualidade recebeu em 2012 progressos
conceituais trazidos pela Gestão Estratégica que aponta agora para a iminente
fundação da Universidade de Polícia. É neste quadro extraordinário de mudanças
que é preciso propor <i>claramente </i>que
esta futura Instituição de Ensino, que virá catapultar para novíssima fase
todas as escolas policiais-militares, não deixe de possuir, já na sua criação,
um perfil humanístico, um perfil que definirá a longo prazo, a face de toda a
instituição Polícia Militar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Do contrário,
a nova Universidade de Polícia será apenas um aparelho administrativo mais
eficaz, mais econômico e mais rápido na meta de capacitar seus profissionais
para a oferta de serviços-padrão de segurança pública, preconizados pela Gestão
Estratégica movida por resultados quantificáveis e importantes em vários
níveis, mas que, no entanto, não têm lastro, são inconstantes, sofrerão crises
porque não são fundados em bases duradouras e plenamente sólidas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Isto porque
apenas a adesão voluntária, e não as habilidades e conhecimentos profissionais,
pode engajar cada um dos militares estaduais de maneira leal e constante no
cumprimento das missões da Instituição. E para comprometer profundamente o
policial militar é imprescindível seu contato com os discursos das ciências
humanas, as humanidades e seus conhecimentos humanísticos. Apenas este tipo de
conhecimento pode obter do profissional a concordância de sua razão e senso
crítico. Pois, note-se que o conhecimento puramente técnico pode ser desvirtuado
e usado para fins ilegítimos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Assim, apenas
agregando um caráter humanístico à eficácia, economia e rapidez do ensino
profissional com a criação de uma Universidade de Polícia com feições
humanística poderemos obter um lastro, uma constância, uma garantia duradoura
contra crises para seu padrão de serviços de referência e atingir a meta da
Instituição. Como atesta a história da educação no Ocidente, esta garantia advém
do fato de que as humanidades, mesmo que poucos saibam, possuem uma eficaz<i> utilidade</i> na conquista de corações e
mentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"> </span> <b><o:p></o:p></b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-63043994227247576972013-01-26T16:06:00.001-08:002013-01-26T16:19:41.769-08:00Em 8 parágrafos: por que uma Universidade de Polícia com feições humanísticas ?<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b>Em 8 parágrafos: por que uma Universidade de Polícia com
feições humanísticas ?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 234.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Não são os
conhecimentos técnicos que humanizam o homem e estabelecem uma relação de
confiança entre a Instituição Polícia Militar e seus integrantes, mas as <i>humanidades.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Começando 2013, temos
diante de nossos olhos um quadro em que a gestão estratégica compreende as
vantagens operacionais de eficiência e eficácia da criação de uma Universidade
de Polícia e pode-se perguntar: Por que esta nascente universidade deveria ter
feições humanísticas? Por que é tão importante que a marca, a ideia, o conceito
de uma Universidade de Polícia deva nascer já com um aspecto humanístico? Por que deve esta universidade ser o baluarte
da eficiência, mas também da difusão de uma cultura humanística? E por que esta
universidade deveria ser o carro chefe de um movimento de humanização do
ambiente e do serviço policial-militar que é oferecido ao cidadão? O que é
humanização, afinal? Não é o mesmo que valorização profissional?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Antes de tudo
é preciso ter consciência que a iminente Universidade de Polícia que venha a
catapultar para novíssima fase todas as escolas policiais-militares, deve
possuir, já na sua criação, um perfil humanístico, porque este perfil definirá
a longo prazo, a face de toda a Instituição policial-militar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Em segundo
lugar porque os novos conhecimentos profissionais de que precisamos englobam os
conhecimentos das humanidades que são essencialmente conhecimentos na forma de
literatura, de textos de sociologia, antropologia etc e na forma de cinema,
teatro, música etc, que ampliam e aprofundam no policial militar a percepção –
em si e nos outros – de dramas sociais/políticos e individuais/éticos. Isto
porque estes conhecimentos humanísticos não devem ser apenas exigidos na prova
de ingresso na Instituição, mas devem ser sempre cultivados e tratados nas
fileiras da Instituição. Fundamentalmente porque o homem não nasce homem ele se
torna. E são as disciplinas humanas que podem garantir a continuidade do
processo de <i>humanização do homem, </i>de
seu ambiente de trabalho e do serviço que oferece ao cidadão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Do contrário, se
por novos conhecimentos profissionais entende-se apenas conhecimentos técnicos
e habilidades práticas que se ensina e se cobra apenas com o método de
premiação e punição, é preciso dizer, a Universidade de Polícia será apenas um
aparelho administrativo mais eficaz, mais econômico e mais rápido na meta de
capacitar seus profissionais para a oferta de serviços-padrão de segurança
pública, preconizados por uma Gestão Estratégica movida apenas por resultados a
curto prazo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
No entanto, estes
resultados não terão lastro, serão inconstantes, sofrerão crises porque não
estarão fundados em bases duradouras. Sobretudo porque, se a gestão estratégica
foca apenas conhecimentos técnicos e habilidades profissionais, ela confia –
sem confessar ou saber – unicamente nas leis de mercado dizendo para si mesma:
ensino bem e mais, gastando menos tempo e dinheiro e se o profissional não
aplicar o que aprendeu, eu simplesmente o troco por outro no mercado de
trabalho. Esta não é uma relação de confiança, é uma relação de poder.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Devemos evitar
este <i>admirável mundo novo</i> em que o
progresso técnico, ao invés de servir ao homem, o oprime, o instrumentaliza, o
desumaniza e o torna descartável, colocando-o em posição adversa à
administração, em atitude defensiva e rancorosa na sua impotência ocasional em
abrir mão de seu emprego público que é o real motivo da irrupção de crises
institucionais cuja culpa é sempre direcionada com habilidade para o administrado
pelo não cumprimento de um procedimento padrão e não para administração que
deveria ser capaz de persuadi-lo a seguir este padrão em uma relação de
confiança.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Naturalmente,
auspiciamos uma Universidade de Polícia que seja eficaz, econômica e ágil, mas
que também seja capaz de superar e substituir em um órgão policial a subcultura
de violência e a cultura de competição e relações baseadas no poder – ainda
comuns, apesar dos progressos, em toda a sociedade brasileira – por relações
baseadas na mútua confiança, na convicção da igualdade de todos diante das
leis, na vantagem, para cada um de nós, da solidariedade e da prioridade para o
bem comum. Pensamentos fortes originários e ensinados pelas humanidades. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Assim, são as
disciplinas humanas unicamente que podem agregar à eficácia, economia e rapidez
do ensino moderno um lastro, uma constância, uma garantia duradoura contra
crises para seu padrão de serviços de referência, isto é, atingir a meta da
Instituição. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-88085234129256330112012-09-20T18:14:00.002-07:002013-01-26T16:20:21.702-08:00Os humanistas na PMESP devem falar a linguagem dos modernos Gestores Estratégicos<br />
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial; font-size: 14.0pt;">Os humanistas na PMESP
devem falar a linguagem dos modernos Gestores Estratégicos </span></b><a href="file:///C:/Users/PMESP/Desktop/Atualize%20!/23%20%20%20Originais/Blog%20Universidade%20de%20Pol%C3%ADcia/3%20%20Os%20humanistas%20devem%20falar%20a%20linguagem...doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Arial; font-size: 14.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: Arial; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 171.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 10.0pt;">O conceito <i>Corporate University</i> será em breve aplicado pela Polícia Militar do
Estado de São Paulo – PMESP acompanhando a tendência corporativa internacional
de adotar boas práticas acadêmicas revolucionando seus setores de treinamento
de pessoal. através do ensino continuado e ensino à distância focando não
apenas a formação de seu efetivo (habilidades profissionais) para uma
específica matriz de competências, mas também a pesquisa de novas soluções para
os problemas de Segurança Pública (novos conhecimentos profissionais) que
signifiquem um diferencial competitivo para a Instituição e a tornem referência
na oferta de serviços de Segurança Pública. São estes os parâmetros e linguagem
que os Gestores Estratégicos esperam de quem defenda uma Universidade de
Polícia com feições <i>humanísticas</i>.</span><span style="font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No artigo anterior “Por uma Universidade de Polícia
com feições humanísticas”, postado neste Blog em 16Set12, fizemos a defesa das
humanidades como área de conhecimento com a qual a futura universidade
corporativa da PMESP deve estar visceralmente vinculada desde seu nascedouro. E
esta defesa, depois de mostrar rapidamente algumas vantagens pontuais desta
disciplina, desdobrou argumentos que fazem apelo ao valor das disciplinas
humanas na formação do policial militar como ser humano. E aquele artigo insistiu
que o conhecimento das humanidades (língua portuguesa, história e literatura voltadas
para a percepção crítica em si e nos outros dos dramas sociais/políticos e individuais/éticos)
não deve ser apenas exigido na prova de ingresso na Instituição, mas seu ensino
deve ser aprofundado continuamente nas fileiras da Instituição,
fundamentalmente porque o homem não nasce homem ele se torna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo muito humano, mas que pode soar como uma
cantilena para ouvintes apressados em obter definição sintética de métodos,
indicadores, números e resultados para a Segurança Pública. Sobretudo porque –
dizem acertadamente – não há nada mais humanitário que proteger com eficácia a
vida e a integridade física de 43 milhões de habitantes do Estado de São Paulo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E têm razão os Gestores Estratégicos da PMESP. O que
há em comum entre o trabalho da polícia preventiva e ostensiva composta pelos
militares estaduais, absorvidos inteiramente pelas emergências do telefone 190,
preocupados com a segurança, rapidez e legalidade de cada providência,
empenhados em obter o melhor da tecnologia para seu trabalho arriscado, e as
acadêmicas ciências humanas e suas empoeiradas frases greco-latinas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> No entanto, os
fatos se precipitam na área de ensino: Lei Complementar Estadual nº 1036 de
11Jan08, Lei de Ensino da Instituição, sua regulamentação pelo Decreto Estadual
nº 54.911 de 14Out09 e edição da D-5-PM – Diretriz Geral de Ensino em 22Abr10,
que determina a redação dos Regimentos Internos dos recém-promovidos órgãos de
ensino superior da PMESP, criação em 22Ago12 pelo Bol G PM 159 do Grupo de Trabalho para o desenho de uma
Fundação de Apoio ao Ensino e Cultura etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No alto da pirâmide do Ensino PM está o Centro de
Altos Estudos de Segurança – CAES "Cel PM Nelson Freire Terra" que
passa a oferecer o curso de Mestrado e Doutorado em Ciências Policias de
Segurança reconhecidos pelo Estado de São Paulo, e já se organiza para obter a
médio prazo a recomendação do seu programa de pós-graduação <i>strictu sensu</i> pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, o órgão federal
responsável pela avaliação da pós-graduação no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estes avanços na legislação de ensino somados às múltiplas
iniciativas individuais de Oficiais com experiência acadêmica e à adoção da
doutrina da Gestão pela Qualidade desde 1997 são responsáveis pela crescente incorporação
na área de ensino da PMESP de boas práticas do meio universitário. Agora a nova
doutrina da Gestão Estratégica, em busca de maior eficácia para a área de
ensino e com foco em resultados quantificáveis, quer acelerar a adoção destas
práticas acadêmicas e cogita a iminente fundação da Universidade de Polícia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Então, em 2012, temos diante de nossos olhos, um
quadro em que a gestão estratégica compreende as vantagens operacionais de
eficiência e eficácia da criação de uma Universidade de Polícia e torna-se urgente
a necessidade de explicar para os Gestores Estratégicos: Por que esta nascente universidade
deveria ter feições humanísticas? Por que é tão importante que a marca, a
ideia, o conceito de uma Universidade de Polícia deva nascer já com um aspecto
humanístico? Por que deve esta ser o
baluarte da eficiência, mas também da difusão de uma cultura de Direitos
Humanos? E por que esta universidade deveria ser o carro chefe de um movimento
de humanização do serviço policial-militar? O que é humanização, afinal? Não é
o mesmo que valorização profissional?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É preciso que os humanistas da PMESP expliquem todas
estas questões para gestores estratégicos que entendem da área da administração
moderna, são pessoas profundamente éticas, querem os resultados bons para
todos, mas não são da área das humanidades e talvez vejam nestas disciplinas
uma <i>perfumaria</i>, algo que não afeta o
real. Assim, é urgente criar uma ponte entre estas duas áreas de conhecimento. Isto
quer dizer, resumidamente, que estamos diante de um impasse <i>comunicativo</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acontece que é preciso lembrar e assumir que a responsabilidade
pela comunicação é do comunicador que toma a iniciativa de comunicar e que não
é razoável culpar o ouvinte pela não compreensão da mensagem se o interesse em
ser compreendido é de quem comunica. Assim se os humanistas têm o interesse em colaborar
com suas ideias sendo bem compreendidos, então são os humanistas que devem ser
capazes de se fazerem entender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bem, abrindo sua caixa de ferramentas, os humanistas
precisam propor antes de tudo que esta nova Instituição de Ensino – a
Universidade de Polícia – que venha a catapultar para novíssima fase todas as
escolas policiais-militares, deve possuir, já na sua criação, um perfil
humanístico, porque este perfil definirá a longo prazo, a face de toda a
Instituição polícial-militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Do contrário, é preciso dizer, a Universidade de
Polícia será apenas um aparelho administrativo mais eficaz, mais econômico e
mais rápido na meta de capacitar seus profissionais para a oferta de
serviços-padrão de segurança pública, preconizados pela Gestão Estratégica movida
por resultados a curto prazo, e que, no entanto, não terão lastro, serão
inconstantes, sofrerão crises porque não estarão fundados em bases duradouras.
Sobretudo porque esta gestão por resultados mensuráveis confia – sem confessar
ou saber – unicamente nas leis de mercado dizendo para si mesma: ensino bem e
mais, gastando menos tempo e dinheiro e se o profissional não aplicar o que
aprendeu, eu simplesmente o troco por outro no mercado de trabalho. Esta não é
uma relação de confiança, é uma relação de poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Devemos evitar este admirável mundo novo em que o
progresso técnico, ao invés de servir ao homem, o oprime, o instrumentaliza e o
torna descartável, colocando-o em posição adversa à administração, em atitude
defensiva e rancorosa na sua impotência ocasional em abrir mão de seu emprego
público que é o real motivo da irrupção de crises institucionais cuja culpa é
sempre direcionada com habilidade para o administrado pelo não cumprimento de
um procedimento padrão e não para administração que deveria ser capaz de persuadí-lo
a seguir este padrão em uma relação de confiança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Naturalmente, auspiciamos uma Universidade de Polícia
que seja eficaz, econômica e ágil, mas que também seja capaz de superar e
substituir em um órgão policial a subcultura de violência e a cultura de
competição e relações baseadas no poder – ainda comuns, apesar dos progressos,
em toda a sociedade brasileira – por relações baseadas na convicção na
igualdade de todos diante das leis, na vantagem, para cada um de nós, da
solidariedade e da prioridade para o bem comum.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para tão importantes objetivos práticos cabe à
vanguarda humanista, entre as fileiras dos militares estaduais de São Paulo,
abrir mão de seus discursos puramente éticos que, de argumento em argumento, se
elevam aos altíssimos e sublimes – mas incompreensíveis – pícaros nevados do
valor ético que deve ser buscado, enfim, por ser valor ético.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este argumento platônico, sempre focado em um ideal
de humanidade realizável em cada um de nós, e apresentado como a melhor retribuição
pessoal e assim a melhor garantia para o comportamento ético individual, é demais abstrato, ofuscante e frustrante em
tempos de gestão por resultados e seu credo: só administra quem dispõe de indicadores
mensuráveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cabe a esta vanguarda então não ser inocente,
respeitar os tempos que urgem por conhecer e controlar os meios que produzem
resultados visíveis, e encontrar os pensamentos e palavras satisfatórias para
explicar, claramente e em detalhes, para os homens e mulheres
policiais-militares, extremamente pragmáticos e acostumados a atenderem pessoas
em perigo, o que significa agregar um caráter humanístico à eficácia, economia
e rapidez do ensino profissional e, enfim, o que é mais difícil, explicar tecnicamente
para administradores como (isto é, com que meios) as humanidades podem agregar
à eficácia, economia e rapidez do ensino moderno um lastro, uma constância, uma
garantia duradoura contra crises para seu padrão de serviços de referência
(isto é, atingir a meta da Instituição). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde que a maioria dos discursos humanísticos caem
neste fácil circulo vicioso, nesta tautologia, de mostrar o valor dos valores
humanísticos, o desafio que se apresenta para aqueles que defendem a fundação
de uma Universidade de Polícia com feições humanísticas é, portanto, de indicar
para a administração contemporânea a funcionalidade das humanidades, ou seja, a
sua utilidade. Ou ainda, <i>para que serve.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial;">Isto retomaremos em um próximo artigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: Verdana;">Obrigado pela
leitura. Se reproduzir total ou parcialmente este texto, peço apenas que cite a
fonte.</span><i><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Arial; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="file:///C:/Users/PMESP/Desktop/Atualize%20!/23%20%20%20Originais/Blog%20Universidade%20de%20Pol%C3%ADcia/3%20%20Os%20humanistas%20devem%20falar%20a%20linguagem...doc#_ftnref1" name="_ftn1" title="">[1]</a> </span></span><a href="file:///C:/Users/PMESP/Desktop/Atualize%20!/23%20%20%20Originais/Blog%20Universidade%20de%20Pol%C3%ADcia/3%20%20Os%20humanistas%20devem%20falar%20a%20linguagem...doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><!--[endif]--></a></span> O autor é Tenente-Coronel da Policia Militar do Estado de
São Paulo, bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela
Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB), Mestre em Ciências
Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos de
Segurança “Cel PM Nelson Freire Terra” (CAES), graduado em Filosofia, Mestre e
Doutor em Ética e Filosofia Política pela USP (2010) depois de ter estudado como
bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
na França 2008/2009.. Atualmente é doutorando em Ciências Policiais de
Segurança e Ordem Pública pelo CAES e comandante do 17ª BPM/M. Email:
lucion@policiamilitar.sp.gov.br.<span style="letter-spacing: -.1pt;"> </span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-39404015431393714822012-09-16T18:47:00.000-07:002013-01-26T16:20:54.569-08:00Por uma Universidade de Polícia com feições humanísticas<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><b>Por uma Universidade de Polícia com feições humanísticas</b><a href="file:///C:/Users/PMESP/Desktop/Atualize%20!/23%20%20%20Originais/Artigos/Universidade%20de%20Pol%C3%ADcia/Por%20uma%20Uiversidade%20de%20Pol%C3%ADcia%20com%20fei%C3%A7%C3%B5es%20human%C3%ADsticas%20-%20extraido%20da%20monografia%20csp2012.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 144pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A adoção do conceito <i>Corporate University</i> pela Polícia
Militar do Estado de São Paulo – PMESP é iminente. No entanto, a Universidade
de Polícia não deve almejar ser apenas uma <i>fábrica
</i>melhorada de policiais tecnicamente perfeitos: ela pode e deve possuir uma
feição humanística para que a Instituição continue a humanizar suas relações
internas e os serviços que oferece. Com sua Universidade, a PMESP terá em breve
a oportunidade de trazer para seus alunos mais conteúdos das humanidades – e
continuamente – pois, afinal, o homem
não nasce homem, ele se torna homem. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O
que há em comum entre o trabalho da polícia preventiva e ostensiva composta
pelos militares estaduais, absorvidos inteiramente pelas emergências do
telefone 190, preocupados com a segurança, rapidez e legalidade de cada providência,
empenhados em obter o melhor da tecnologia para seu trabalho arriscado, e as
acadêmicas ciências humanas e suas empoeiradas frases latinas?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Para
quem está surpreso, lembramos que esta pergunta se impõe em um acelerado quadro
de mudanças na área de ensino da Instituição: Lei Complementar Estadual nº 1036
de 11Jan08, Lei de Ensino da Instituição, sua regulamentação pelo Decreto
Estadual nº 54.911 de 14Out09 e edição da D-5-PM – Diretriz Geral de Ensino em
22Abr10, que determina a redação dos Regimentos Internos dos recém-promovidos
órgãos de ensino superior da Polícia Militar do Estado de São Paulo - PMESP.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
No
epicentro destas mudanças está o Centro de Altos Estudos de Segurança – CAES
"Cel PM Nelson Freire Terra" que passa a oferecer o curso de Mestrado
e Doutorado em Ciências Policias de Segurança com vocação – adiável, mas
incontornável – para buscar, depois do já conquistado reconhecimento de seus
cursos superiores e de pós-graduação pelo Estado de São Paulo, sua consagradora
recomendação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –
CAPES, o órgão federal responsável pela avaliação da pós-graduação no Brasil e
pela promoção da cooperação científica internacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Trata-se
de uma movimentação sem precedentes nos 180 anos da polícia fardada de São
Paulo, desde a vinda das duas Missões Estrangeiras da França para
profissionalizar a Força Pública. No entanto, nas últimas décadas a situação do
ensino militar espelhava, de resto, a realidade de toda a sociedade brasileira:
ano após ano, este ensino permanecia preso ao modelo tradicional restrito à
transmissão de conhecimentos estabelecidos. Como estes conhecimentos eram pouco
alterados, à exceção de algumas disciplinas propriamente policiais introduzidas
nos anos 80, sua transmissão aproximava-se perigosamente de uma repetição
burocrática quebrada apenas pela disputa entre alunos pelas melhores notas como
em um jogo em que o conteúdo importa menos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Este modelo fora consagrado em 02Jul69
pelo Decreto-Lei Federal 667 que organizou as Polícias Militares e os Corpos de
Bombeiros Militares dos Estados como órgãos militares auxiliares e controlados
pelas Forças Armadas e os estruturou em órgãos de Direção, Execução e Apoio.
Estrutura que foi preenchida pelo Decreto Estadual 7.290 de 15Dez75 que
estabeleceu que a Academia de Policia Militar (APM), a Escola de Educação
Física (EEF), <span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">O </span>Centro
de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) e suas unidades subordinadas, a
Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Graduados (EsFAG), Escola de Especialização
de Praças (EsEP) e Núcleos de Formação de Soldados (NFSd), eram todos órgãos de
<i>Apoio de Ensino</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Ao designar os órgãos de ensino como <i>órgãos de apoio</i> segregando-os dos órgãos
de direção e dos órgãos de execução, este decreto repetia e reforçava uma noção
arquetípica do ensino como preparação para a vida (então o estudo é anterior ou
está fora da vida real), como transmissão de conhecimento acumulado pelas
gerações anteriores (então o conhecimento tradicional é suficiente), estudo e
exercícios de alunos supervisionados por professores em uma relação vertical
(então o ensino e aprendizado é fundado na autoridade pessoal ou na
superioridade hierárquica do professor) e ignorava completamente a
possibilidade de um órgão militar pesquisar e desenvolver horizontalmente
conhecimentos com rigor científico e acadêmico na área de segurança
pública. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Esta
maneira antiga de pensar o ensino é bem traduzida nos quartéis pelo sentido
literal e plástico do conceito de <i>formação</i>:
recebe-se um candidato aprovado em concurso e este sai das escolas militares <i>formado, </i>ou seja, moldado, e pronto para
o serviço (então aparência importa mais que a essência). Aqui também está
implícita a imagem bélica ou industrial de uma linha de produção que joga
sempre novos recrutas da retaguarda para a linha de frente, a real vanguarda
onde as coisas acontecem, onde os problemas são resolvidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Mas
desde as primeiras discussões em 2007, na então Diretoria de Ensino, sobre o
que veio a ser a Lei de Ensino, a Polícia Militar toma iniciativas que têm sido
acolhidas integralmente pelo Executivo e pelo Legislativo paulista que enfim
misturam o ensino à pesquisa e esta diretamente ao teste das ruas (então órgãos
de ensino e execução estão todos na vanguarda e ensinar, aprender e pesquisar é
estar na linha de frente. Um Aluno-Soldado ou Aluno-Oficial podem escrever um
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC inovador), que horizontaliza a relação
professor-aluno colocando foco na produção de soluções de segurança pública
(então a autoridade é do melhor argumento, não da pessoa) e que transformam a
Instituição, que era objeto de pesquisa de terceiros, em órgão protagonista que
produz pesquisas sobre si mesmo e sobre os problemas de manutenção da ordem e
segurança pública brasileira incorporando crescentemente boas práticas
acadêmicas e coloca na ordem do dia sua responsabilidade em fazer avançar com
urgência os conhecimentos que nomeia agora como Ciências Policiais de Segurança
e Ordem Pública.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Ocorre
que as leis e normas de ensino são recentes demais para que seus efeitos sejam
sentidos. Diríamos mesmo que é moderna demais para ser completamente
compreendida pela maioria <i>formada</i> nos
moldes antigos, e ainda causa enorme estranheza entre nossas fileiras o estudo
das ciências humanas, as <i>humanidades </i>(apesar
da Lei de Ensino tratar de “conhecimentos humanísticos” e prever “pesquisas
humanísticas”), que têm a fama de ser pura elucubração de idéias sem interesse
para a instituição policial. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
No
entanto, a despeito dos textos das humanidades estarem <i>aparentemente</i> distantes da realidade operacional do policiamento, é
preciso ter olhos para o fato de que as decisões que moldam esta realidade
prática são idéias assumidas como verdades, conscientes ou não, ou resultantes
de discussões <i>conceituais,</i> igualmente
fundadas em ideias<i>. </i> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A
PMESP tem forte tradição de estudos jurídicos – denunciados hoje como resultado
de uma cultura bacharelista – que começam a ceder espaço para um articulado
pensamento administrativo de Gestão Estratégica visando resultados suportados
por alta tecnologia de informação. Mas a este sopro renovador, estudiosos das
humanidades – que não exercem poder algum de bacharel, afinal não dirigem
escritórios de interesses e apenas lecionam – poderiam agregar aprofundamento
teórico fazendo as questões técnicas de segurança pública se enraizarem em
arcabouço conceitual concebido por autores de maior e mais antiga autoridade,
nomes conhecidos e respeitados pela sociedade, imprensa e meio intelectual; os
estudos das humanidades atualizariam conceitualmente textos fundamentais da
comunicação interna e com a sociedade; sincronizariam os termos e parâmetros de
importantes debates no meio policial-militar com os mesmos termos e parâmetros
do meio acadêmico; revitalizariam com novos materiais conhecidas questões éticas
e dariam visibilidade a outras menos discutidas; modernizariam e refinariam a
linguagem com que se trata de problemas humanos que estão por toda parte em um
órgão policial que presta serviços essenciais a seres <i>humanos</i> empregando basicamente recursos <i>humanos</i>. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Mas,
sobretudo, os conteúdos oferecidos pelas humanidades tornam mais preciso e
penetrante o pensamento sobre nossas condições humanas de trabalho policial e
da nossa relação com o atual cidadão-cliente e assim poderiam colaborar
extraordinariamente para a valorização do policial militar e sua profissão.
Isto porque, resumidamente, as humanidades são o manancial dos argumentos e
discursos mais fortes e persuasivos da tradição de debates sobre <i>assuntos e problemas humanos.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Os
atuais concursos terceirizados para ingresso na PMESP já não exigem
conhecimentos de física, química e outros semelhantes e valorizam a filosofia,
história, sociologia e outras disciplinas das humanidades, então é o momento de
despertar para os novos tempos que se configuram para vencer entre nós o
preconceito contra as ciências humanas como área que não interessam ao trabalho
policial, pois isto é um velho engano: os grandes investimentos em armas,
viaturas, comunicação e processamento de informações têm um limite na sua
capacidade de melhorar a qualidade do serviço policial. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Até
mesmo a mais eficiente formação e treinamento profissional não garante que a
técnica adquirida seja usada em prol da sociedade. Alguém duvida que um método
de tiro, de defesa pessoal ou mesmo um Procedimento Operacional Padrão – POP
possa ser usado contra os próprios policiais? Que recursos tecnológicos possam
ser desvirtuados dos seus fins? Esta séria consideração dá relevo à urgente
necessidade de que nossas escolas policiais ofereçam então, além das matérias
profissionais, uma formação <i>humanística</i>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não
basta que a PMESP como empregadora inclua no mercado de trabalho um candidato
aprovado; ofereça-lhe um papel na sociedade; um <i>know-how</i> para a solução de problemas técnico-operacionais;
integre-o a uma rede de proteção social; envolva-o com direitos e deveres de um
segundo aparato jurídico, a justiça militar, mas não faça esforços para
incluí-lo, integrá-lo, torná-lo mais partícipe da <i>humanidade</i>. É preciso lembrar que o homem não nasce pronto como os
animais, o homem torna-se homem e não basta para a PMESP a formação humanística
trazida de casa e da escola e reforçada pela religião; este aprendizado nas <i>humanidades </i>deve ser contínuo e então
deve continuar dentro da PMESP. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não
são suficientes equipamentos, conhecimentos técnicos e controles punitivos: é o
esforço contínuo do ensino (então entendido como <i>educação</i>) que permitirá que o policial militar veja melhor a si
mesmo e aos outros como seres humanos e que poderá garantir mais que este atue
com <i>humanidade.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: Verdana;">Obrigado pela
leitura. Se reproduzir total ou parcialmente este texto, peço apenas que cite a
fonte.</span><i><o:p></o:p></i></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/PMESP/Desktop/Atualize%20!/23%20%20%20Originais/Artigos/Universidade%20de%20Pol%C3%ADcia/Por%20uma%20Uiversidade%20de%20Pol%C3%ADcia%20com%20fei%C3%A7%C3%B5es%20human%C3%ADsticas%20-%20extraido%20da%20monografia%20csp2012.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Arial; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 12pt;">O autor é Tenente-Coronel
da Policia Militar do Estado de São Paulo, bacharel em Ciências Policiais de
Segurança e Ordem Pública pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco
(APMBB), Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo Centro
de Altos Estudos de Segurança “Cel PM Nelson Freire Terra” (CAES), graduado em
Filosofia, Mestre e Doutor em Ética e Filosofia Política pela USP (2010) depois
de ter estudado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES) na França 2008/2009.. Atualmente é doutorando em
Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo CAES e comandante do 17ª
BPM/M. Email: lucion@policiamilitar.sp.gov.br.</span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-61583725148706409472012-09-12T17:10:00.001-07:002013-01-26T16:22:11.369-08:00Uma nova abordagem sobre o aumento da criminalidade nas pequenas e médias cidades do Estado<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Uma nova abordagem sobre o aumento da criminalidade <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>nas pequenas e médias cidades do Estado.<o:p></o:p></b><a href="file:///C:/Users/PMESP/Desktop/Atualize%20!/23%20%20%20Originais/Artigos/Sobre%20o%20aumento%20da%20crimin.%20Artigo%20p%20Dgb.doc#_ftn1" name="_ftnref1" style="font-size: 13px; text-indent: 47.20000076293945px;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[1]</span></span></span></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Quero honrar meus estudos de filosofia
e apresentar aqui um rápido comentário sobre o assunto que normalmente recai em
questões econômicas de difícil e lenta solução. De fato, ao discutir-se academicamente o
aumento da criminalidade nas pequenas e médias cidades do Estado, transfere-se
problema do crime muito rapidamente para problemas na economia<i>,</i>
mas há uma outra compreensão sobre o tema que enseja outras ações possíveis.
Espero que esta nova abordagem interesse porque diz respeito à maior parte das
cidades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">É comum ouvirmos que antigamente havia
menos crime e que então algo está errado com o funcionamento do Estado. Mas não podemos ser inocentes: em uma pequena
comunidade em que todos se conhecem pelo nome e todos se encontram diariamente
em uma mesma padaria, escola, igreja etc. há um controle espontâneo de todos
sobre todos: todos evitam comportamentos que
podem prejudicar sua própria
imagem e seu nome. Nestes ambientes a Policia Militar sabe que precisa de menos
policiais para que os costumes e as leis sejam obedecidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;"> No entanto, à medida que as cidades crescem,
as pessoas começam a andar por bairros distantes onde não são mais conhecidas,
não são cumprimentadas, não são chamadas pelo nome e reconhecidas ou seja,
diminuem os controles sociais e surge o sentimento de estar sozinho na
multidão, de passar desapercebido, de não ser notado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Por isto, alguns estrangeiros e
turistas brasileiros se comportam mal longe de seus países. Por isto em um
grande centro as pessoas se sentem à vontade para se vestir e agir de maneira
mais extravagante. Elas podem ser mais criativas e divertidas, mas também podem
se permitir comportamentos anti-sociais que derivam para o crime já que sua
imagem não pode ser prejudicada diante de amigos e família, pois agem entre <i>desconhecidos.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;"> Nestes ambientes a Policia Militar sabe que
precisa de uma relação maior de policiais militares por grupo de 1000
habitantes. Vejam, na medida em que o anonimato aumenta, diminui o controle
social de todos sobre todos e é preciso mais controles do Estado, vigilância da
polícia, da prefeitura, não porque as pessoas são hoje pior que ontem, e os
bons costumes foram esquecidos. Não, os valores existem, mas as condições
urbanas mudaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">E o que acontece em nossa Cidade? Vamos
olhar do lado. Conhecemos todos a nossa volta? E dez metros adiante? Pois é,
nossa cidade já cresceu, está crescendo, vai crescer muito mais e as pessoas
vão se reconhecendo cada vez menos nas ruas e outros lugares comuns incluindo
novos shoppings e mesmo na velha padaria. E isto acontece no mundo todo:
observem as últimas estimativas da ONU: em 2007 metade da população do planeta
vivia ainda no campo. Em 2030, três quartos da população habitarão cidades. Com
a multiplicação de metrópoles, a época em que todos eram controlados e
controlavam o comportamento de todos está acabando no mundo inteiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Isto é bom ou é mau? Não sabemos, mas
em termos amplos, o que assistimos é um efeito da <i>urbanização global</i> que em si não é má, pois as pessoas saem do
campo e vêm morar na cidade principalmente porque sabem que nas cidades há mais
conforto e oportunidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Mas a boa pergunta é o que podemos
fazer para convivermos bem em comunidade mesmo em cidades que crescem rápido?
Ora, há muitas respostas, mas as melhores que ouço são aquelas que dizem que
devemos diminuir o anonimato e voltarmos a ser reconhecidos por toda parte,
porque quando somos reconhecidos cuidamos nós mesmos de nossa imagem e nos
comportamos. Como então, seria possível diminuir o anonimato em cidades que não
param de crescer?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Duas respostas estão se delineando: <b> uma
é recorrer á tecnologia</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">A Policia Militar está caminhando nesta
direção com os Tablets que aceleram a consulta de placas e documentos de
pessoas. Estes computadores de bordo inclusive disponibilizarão uma função que
vincula suspeitos que foram identificados ao lugar em que foram abordados por
policiais. Outro exemplo são as câmeras OCR que lêm placas de veículos, que
estão sendo alugadas pela prefeitura de Mogi e serão instaladas nas 5 entradas
e saídas da cidade informando a Guarda Civil e a Policia Militar sobre que
carros entram e saem da cidade e quando. Isto acabará com o perigoso anonimato
dos carros usados para crimes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;"> Em futuro próximo, todas nossas avenidas terão
estas câmeras e poderemos deixar chaves no contato dos carros estacionados,
pois, se furtados, serão acompanhados por câmeras. Em seguida custarão menos as
tecnologias de reconhecimento facial agregadas às técnicas de biometria e as
pessoas é que serão acompanhadas e reconhecidas por máquinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: Arial;">Mas
outra maneira</span></b><span style="font-family: Arial;"> de não permitir o
perigoso e crescente anonimato não depende só do Estado, Prefeitura ou da
Polícia Militar e suas câmeras inteligentes, ela é uma solução política
construída por todos à medida que a ruptura dos velhos relacionamentos da
pequena comunidade são compensados com a criação de outros novos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;"> O que quero dizer? É preciso multiplicar as
associações voluntárias e oportunidades de participação em clubes, comitês,
grupos, associação de amigos para fins de lazer, conversa, bem estar, apoio,
benemerência, esporte, religião, mutua ajuda, cultura, folclore e outros tão
agradáveis e animados. É preciso estimular que as pessoas se encontrem e saibam
o nome dos vizinhos e conheçam suas afinidades. Temos que criar novas
oportunidades para que as pessoas se conheçam frequentando vários ambientes
diferentes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Estas iniciativas são necessárias para
permitir que as pessoas tenham uma imagem social para zelar. Porque, quem é
relegado e deixado por si mesmo em suas condições de origem, no anonimato e não
é incluído em creches, escolas, empregos, não é convidado para clubes,
associações e não é acompanhado por serviços público e ONGs, estas pessoas sozinhas
se reúnem a outros solitários contra toda a sociedade, formam quadrilha e se
tornam criminosos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Assim, não vale querermos coisas
contrárias: morar em cidades confortáveis que tenham de tudo – mas que
propiciam o anonimato perigoso – e não tomar iniciativas sociais, não prestigiar reunião nenhuma, não reunir e convidar os outros, não fazer nada, isolar-se e deixar os outros isolados, tristes com a perda da vida
provinciana em que todos se conheciam e não havia crimes.</span><br />
<span style="font-family: Arial;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial;"> As cidade recebem
cada vez mais irmãos brasileiros e é preciso sermos coerentes e criarmos mais
ocasiões em que as pessoas sejam agregadas, recebidas, acolhidas, convidadas,
conhecidas, chamadas pelo nome e tenham um papel social na comunidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Por isto, todos que fundam uma
associação de amigos com encontros regulares com finalidade as mais
localizadas, por exemplo, andar de bicicleta juntos, fazer festas de bairro,
prestar apoio à minorias vulneráveis etc. fazem o que gostam, fazem com prazer
e, sem saber, fazem um grande serviço para Segurança Pública. Estão tornando
mais contínuo e denso o tecido social criando laços e compromissos entre as
pessoas que passam a se conhecer e chancelam, confirmam, uma a imagem social da outra. Isto podemos chamar de Paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">E na medida em que as pessoas se
controlarem a si mesmas e umas às outras, zelando pela sua própria imagem, sua
Policia Militar poderá se dedicar mais à sua verdadeira vocação: proteger as
pessoas sem a necessidade de armas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="text-indent: 35.4pt;">Obrigado pela leitura. Se reproduzir total ou parcialmente este texto, peço apenas que cite a fonte.</span></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" /></div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/PMESP/Desktop/Atualize%20!/23%20%20%20Originais/Artigos/Sobre%20o%20aumento%20da%20crimin.%20Artigo%20p%20Dgb.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Lúcio
Nassaro é Tenente-Coronel da Policia Militar do Estado de São Paulo, bacharel
em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia de Polícia
Militar do Barro Branco (APMBB), Mestre em Ciências Policiais de Segurança e
Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos de Segurança “Cel PM Nelson Freire
Terra” (CAES), graduado em Filosofia, Mestre e Doutor em Ética e Filosofia
Política pela USP. Foi bolsista da CAPES na França e é doutorando em Ciências
Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo CAES e comandante do 17ª BPM/M.
Email: lucion@policiamilitar.sp.gov.br.</div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5949076971551361416.post-68798804778729772622012-09-12T16:37:00.003-07:002013-09-03T13:06:56.836-07:00Boas-vindas aos interessados em segurança pública !<div style="text-align: justify;">
Caros amigos, depois de concluídos os estudos acadêmicos na área de filosofia e agora próximo do encerramento do Curso Superior de Polícia, como Tenente-Coronel PM, chegou a boa hora de tratar publicamente de alguns temas de interesse da segurança pública.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O título do blog "Universidade de Polícia" é o nome da nossa bandeira: a aplicação na Polícia Militar do Estado de São Paulo do conceito <i>corporate universty, </i>como fazem as grandes corporações internacionais, mas com feições humanísticas.<br />
<br />
Sob esta bandeira encontram-se inúmeras novas abordagens de problemas cujas soluções precisam ser buscadas coletivamente para que se estabeleça a paz social. Preparem-se para novidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agradeço a visita dos leitores. Ao prestigiarem este blog favorecem em alguma medida o acúmulo de reflexões em língua portuguesa sobre os meios de diminuirmos a violência e colaboram para a concentração de uma massa crítica imprescindível para o progresso das leis, das instituições policiais e das condições de trabalho dos homens e mulheres policiais.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11860707362906038140noreply@blogger.com0